quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
50 Anos da minha morte
Felizmente que a minha memória não tem sido esquecida e na biblioteca municipal em Abrantes que tem o meu nome irão acontecer várias iniciativas para assinalar esta triste data:
- Entre 2 e 27 de Março, uma exposição evocativa sobre a minha vida e obra;
- No dia 16 de Março, às 21h30, uma conferência sobre mim por Margarida Mateus, que teve a gentileza de estudar a minha obra e agora falar dela com toda a propriedade;
- A 18 de Março, uma acção de formação para mediadores de leitura, onde professores e demais pedagogos poderão aprender a "ler-me";
- Nos dias 5, 6, 12 e 13 as crianças das escolas abrantinas poderão vir à Biblioteca brincar comigo e descobrir a minha obra.
Lanço-lhe agora, como poeta e filho de Abrantes, um apelo: não deixe de participar nestas actividades. O meu corpo morreu mas a minha alma permanece eterna. Tal como a minha obra e a minha memória. Não deixe que eles desapareçam...
Inscrições para Biblioteca Municipal António Botto, Serviço de Animação, 241 379 991 ou animacao@bmab.cm-abrantes.pt.
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Edgar Allan Poe nasceu há 200 anos
A 19 de Janeiro de 1808, nascia em Boston Edgar Allan Poe. O escritor americano ficou conhecido pelos seus contos góticos e negros. Para além da escrita, foi também crítico literário e editor.
Autor do famoso poema “O corvo”, Poe notabilizou-se com contos e poemas de mistério como “A queda da casa de Usher”, “Os assassinatos da rua morgue” ou "O gato preto", entre outros.
Foi também pioneiro em vários géneros literários, como a ficção científico ou literatura policial.
Edgar Allan Poe foi apenas reconhecido postumamente, muito por causa de escritores europeus, como Baudelaire ou Pessoa, que traduziram as suas obras.
Para celebrar o bicentenário do nascimento do autor, o Edgar Allan Poe Museum, em Richmond, Virgínia, iniciou uma jornada de 24 horas, que terá uma vigília com velas, leitura de poemas e também uma visita ao museu.
Tintin partiu há 80 anos para o País dos Sovietes
A primeira aventura de Tintin começou há 80 anos no suplemento infantil do jornal belga "Vingtième Siècle". Levou o herói ao País dos Sovietes e foi um sucesso imediato. Seguiram-se mais 22 aventuras do jovem repórter que conquistou um lugar à parte no imaginário colectivoNos primeiros dias de Janeiro de 1929, o jornal belga Vingtième Siècle incluiu um discreto anúncio. Em fundo, as cúpulas russas; em primeiro plano, um jovem de perfil, com uma cabeça redonda, nariz saliente, grandes sobrancelhas e cabelo rebelde caído para a testa. Calçava sapatos enormes e usava um fato de golfe aos quadrados. Na legenda: “Acompanhem, a partir da próxima quinta-feira, as extraordinárias aventuras de Tintin, repórter, e do seu cão, Milou, ao País dos Sovietes.”
Ao lado de Tintin encontramos desde a primeira hora Milou, um cão inteligente que é um companheiro e um cúmplice de todas as aventuras. Não é inteiramente animal, pois Hergé confere-lhe o dom da palavra e algumas das características que habitualmente se podem encontrar nos humanos: realismo, coragem e preocupação com o seu conforto, mas também instinto batalhador... e muita gulodice.
Como herói, Tintin é um repórter, nascido para correr mundo e viver aventuras empolgantes. Quase nunca escreve notícias, mas quem se importa com isso quando as suas histórias exprimem de forma tão eloquente esse desejo absoluto de justiça e humanidade que impregna cada quadradinho da série?
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
“As Aventuras de Miguel, histórias para comer”
Encontro com o autor Nuno Rogeiro. Homem multifacetado, Nuno Rogeiro revela com este livro um lado desconhecido e muito pessoal: o de pai e contador de histórias. Venha conhecê-lo melhor no dia 12 de Dezembro, às 21h30.No próximo dia 12 de Dezembro, a Biblioteca Municipal recebe o escritor Nuno Rogeiro para um Encontro com o Autor, que acontecerá às 21h30, numa iniciativa destinada a pais, educadores e ao público em geral. Em cima da mesa, estará o seu livro “As Aventuras de Miguel, histórias para comer” (Editora Gradiva), que Nuno Rogeiro editou com histórias da sua autoria, que contava aos filhos enquanto estes comiam. Histórias para crianças, contadas a adultos? Postais para adultos, lidos a crianças? Romance de terror, ou para meter medo ao medo? Relatos fantásticos, ou retratos do quotidiano banal? Sonhos ou pesadelos? Alucinações ou pressentimentos? Memórias de infância, ou ecos de outro universo? O herói, um fedelho chamado Miguel, com a mãe doente e o pai ausente, não tem super-poderes (aliás, possui super-fraquezas), gosta de trocadilhos e pirraças, mas não é para brincadeiras: pode vencer os grandes deste mundo e dos outros. Trata-se da primeira visita de Nuno Rogeiro ao continente da ficção. Na sua pré-história, este livro era uma série de contos, destinada a convencer os filhos do criador a comerem. Depois galgou as margens e tornou-se incontrolável. Ganhou vida. Com um pequeno ensaio «pedagógico» (ou subversivo?), ilustrações do autor, homenagem aos clássicos do género (qual?), e alguns desafios aos leitores, aqui ficam, em prato raso, histórias para comer. Quer dizer, “As Aventuras de Miguel”. Investigador, conferencista, docente, analista e autor nas áreas de ciência política, relações internacionais, defesa e segurança, Nuno Rogeiro trabalhou nos últimos 25 anos na comunicação social, escrita e electrónica, radiofónica e televisiva. Foi membro fundador da Associação Portuguesa de Ciência Política, é co-director do Instituto Euro-Atlântico. Mantém, na SIC Notícias, o programa semanal Sociedade das Nações, e, na revista Sábado, a coluna «Relatório Minoritário».Biblioteca Municipal António Botto
Curiosidades Estéticas
É ser-se criador – criar beleza.
Para isso,
É necessário pressenti-la
Aonde os nossos olhos não a virem.
Eu creio que sonhar o impossível
É como que ouvir uma voz de alguma coisa
Que pede existência e que nos chama de longe.
Sim, o mais importante na vida
É ser-se criador.
E para o impossível
Só devemos caminhar de olhos fechados
Como a fé e como o amor.

